Não pretendo tornar esta minha mensagem como um sinal de politiquices ou meras palavras de campanha eleitoral.
Mas este é o timing certo para escrever talvez como o grande poeta diz .... o que me vai na alma.
Sou Educadora de Infância e não saberia ser outra coisa.
Mesmo pressionada pelo governo do meu país nunca o deixarei de o ser. Na última grande manifestação de professores, um colega que poderia ser meu Pai, entregou-me um papel amarelo com uma mensagem que agora vos passo com a certeza de que nada nem ninguém me calará e que estarei novamente com os meus colegas no dia 7 de Março em Lisboa no grande cordão humano jamais visto no nosso país.
Não sou uma inútil ........
Sou Docente, Professora, Educadora, Mãe e Mulher.
Quem tal me chamou, saberá o que é????
" Entremos, apressados, friorentos, numa gruta, no bojo de um navio, num presépio, num prédio, num presídio,na casa que amanhã for demolida.....
Entremos, e depressa, em qualquer sítio, porque esta noite chama-se Dezembro, porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois: somos duzentos, duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rasto de uma casa, a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça, talvez seja Natal e não Dezembro, talvez universal a consoada."
David Mourão Ferreira
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